quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Psicologia e filosofia



Aula de Seminário Integrador I, professor responsável Rodrigo Sinnot Silva, apresentada pelas alunas Flora Proiette, Josi Schuster, Marcela Banietti, Amanda Fernandez, Larissa Zimmermann e Taís Severo, onde foi discutido os temas relacionados com a matéria Psicologia e Filosofia, ministrada pelo  professor Ney Bruck.
Epistemologia é a teoria do conhecimento, é o ramo da grande árvore da filosofia que trata da natureza, das origens e da validade do conhecimento. Epistemologia deriva da palavra episteme que é o estudo da ciência, é a crítica, diferente de doxa que é a opinião popular, de onde surge a palavra “ortodoxo.
Entre as questões mais debatidas pela epistemologia, destacam-se: “O que é o conhecimento?” e “Como obtemos conhecimento?”.
Entramos, então, em duas funções fundamentais, que é o empirismo: Onde o conhecimento é alcançado a partir da experiência. Como defensor dessa ideia, Locke:




E o racionalismo: Da razão surge o conhecimento. Como pai do racionalismo, Descastes:




 O processo cognitivo, ou seja, a forma como a mente adquire o conhecimento. Locke rejeitava aidéia de Descartes sobre a existência de idéiasinatas, apresentando o argumento de que o ser humano nascia sem nenhum conhecimento prévio, argumento este já defendido pelo filósofo Aristóteles, que dizia ser o homem uma tabula rasa ou lousa vazia, ao nascer. A percepção em questão como essas, onde precisamos levar informações do meio externo para o interno. Para isso usamos nossos órgãos sensitivos, como a visão, paladar, tato e audição. O processamento das informações se dá com a reflexão, com o pensamento, o pensar. E biologicamente falando, se dá com as sinapses.
"Como nosso cérebro produz algo como pensamento"
De modo orgânico, as sinapses são o ponto de conexão entre dois neurônios, elas são úteis para que a informação seja passada através dos tecidos.
A cada novo pensamento, novas sinapses são formadas, para possibilitar a passagem do novo pensamento. Também temos sinapses relativamente permanentes, onde ela se dá quando temos muitos pensamentos recorrentes, automatizando o processo pelo nosso cérebro, o que não é saudável a ele, pois deixa de criar novas sinapses.
Em suma, o pensamento e a criação de memórias dependem do funcionamento ideal do nosso cérebro, pois é de uma complexidade natural, e o mau funcionamento de quaisquer partes de nosso cérebro podem ter efeitos que erroneamente podem vir a ser tratados somente com psicologia, mesmo derivando de problemas orgânicos.
Os fundamentos e conceitos são amplamente estudados, há conceitos sobre todas as coisas, e fundamentos são as bases para o estudo de qualquer ciência, inclusive da Psicologia.
O conceito de fundamento é a razão ou argumento em que se funda uma tese, concepção, ponto de vista; é a base, o apoio. Daí ser tão necessário estudar a fundo esses conceitos.
Um conceito muito trabalhado entre nós na cadeira de Psicologia e Filosofia é o conceito de sala de aula, a modificação deste, para atingirmos um lugar ideal pra trabalharmos de modo que todos se sintam participantes, e não somente ouvintes das matérias.
Como trabalhamos em Fundamentos da Psicologia, vamos a fundo nesses "fundamentos", mesmo que eles acabem nos provando, que na verdade, não há um fundamento geral na Psicologia, devemos estudar vários fundamentos diferentes, pra ter vários pontos de vistas que colaborem com essa construção de conhecimento.

sábado, 8 de dezembro de 2012

História da Psicologia


Aula de Seminário Integrador I, professor responsável Rodrigo Sinnot Silva, apresentada pelos alunos Juliana Hertzberg, Lucas Camacho, Lucas Silveira, Luiz Gustavo Kiesow, Octávio Sinnot, Rosemeri Wille, Stephanie Bresolin e William Sperb, onde foi discutido os temas relacionados com a matéria História da Psicologia, ministrada pela professora  Maria Teresa Duarte Nogueira, tomando como base o livro Raízes da Psicologia de Izabel Ribeiro Freire, capítulos 1 (Período Cosmológico :os filósofos e as raízes da psicologia) e 2 (Período antropocêntrico da antiguidade: os filósofos as verdadeiras raízes psicológicas).




Na Idade Antiga e na Idade Média foram constatados três períodos, o Cosmológico, o Antropocêntrico e o Teocêntrico que se compreendem no período pré-científico da psicologia. O período cosmológico busca entender e explicar o cosmo. Seu primeiro expoente foi Tales, de Mileto, que preocupado com toda transformação das coisas, buscou uma substância fundamental e estável. Para ele essa substância era a água, pois se a água nutre todos os seres vivos, é provável que ela tenha lhes dado a origem. Os filósofos que tentavam reduzir a complexidade do universo a um elemento primordial, são denominados elementistas.
Para Heráclito, de Éfeso, como elementista, o fogo era o elemento básico do universo, era o agente da mudança, assim como o mundo que estava em constante devir.
Pitágoras contribuiu de forma significativa para a psicologia aplicando métodos quantitativos aos processos psicológicos. Para ele “o número é a essência permanente das coisas.”
Anaxágoras concebeu um universo permeado por uma diversidade de elementos, onde a subjetividade dos seres é dada a partir da disposição e a combinação dos elementos no todo.
Demócrito, considerado o último elementista, acreditava que o universo era formado por átomos indivisíveis, e que os indivíduos eram formados por átomos de corpo e de alma.
Após o Período Cosmológico, os sofistas abrem a Fase Antropocêntrica, deslocando o foco do estudo para o homem, visando-o tornar “indivíduo”. Eles não se preocupavam apenas com “o que se conhece”, mas “como se conhece”, jamais se pode ter certeza de que se conhece alguma coisa. Destaca-se nesse período os filósofos Protágoras e Górgias.
Sócrates inicia o período clássico da filosofia, sendo um dos maiores pensadores gregos, acreditava que o conhecimento era adquirido através do próprio eu, logo surge seu princípio e método filosófico “conhece-te a ti mesmo.”
Platão foi o discípulo de Sócrates que mais se destacou. Acreditava na existência de um “plano das idéias” e que a alma antes de encarnar contempla a existência desse plano. O plano das idéias é perfeito e imutável, e todos os objetos presentes no plano material são desvios do padrão perfeito dos objetos existentes no plano das idéias. Portanto, o conhecimento não é adquirido através dos sentidos, e sim através da conscientização da visão dos padrões contemplados no plano das idéias.
O estagirita, como era conhecido Aristóteles, foi discípulo e opositor de platão pois acreditava que aquisição do conhecimento passava pelos órgãos de sentido. Foi o primeiro homem a escrever tratados sistemáticos de psicologia, onde estudou a memória, um dos assuntos mais pertinentes na área da psicologia.
Nos últimos séculos da Idade Antiga, surgiram duas vertentes filosóficas. O estoicismo que defendia que a virtude deveria ser cultivada como valor intrínseco, seguindo a linha da pedagogia da essência. E o epicurismo que valorizava a natureza do ser humano, meio para se conseguir a felicidade e a tranquilidade, onde o supremo bem era  a obtenção do prazer em toda e qualquer atividade humana.
O surgimento da idade média dá-se com  a ascensão do cristianismo, surgindo assim, a escola Patrística e Escolástica.
Na escola Patrística as lutas eram contra o paganismo e em defesa dos dogmas cristãos.
Santo Agostinho afirma que Deus criou o mundo e todas as substâncias e não seria somente modelador de sua ordem e disposição.
A Escolástica marcou época com São Tomás de Aquino, que tentava juntar conceitos aristotélicos aos dogmas cristãos com base na Sagrada Escritura. Verdades provém de Deus e rejeita as ideias inatas.
Durante os dez séculos da idade média, não trouxeram grande contribuição para as ciências em geral, visto que foi um momento de ascensão filosófica onde uma grande massa da população vivia por um mesmo ideal não contribuindo assim, no aspecto científico.
Conforme o apresentado, a partir desses pensadores que contribuiram tanto de forma científica, como filosófica, conclui-se que durante esses períodos identificou-se possíveis origens e princípios da psicologia.

Referências:
FREIRE, I. R. Raízes da Psicologia. 12ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010

Considerações finais: Debruçarmo-nos sobra a história da psicologia é importante para formação do psicólogo, pois nos permite a visão  histórica dos fundamentos sociológicos, filosóficos e científicos.
Iniciamos com a fase Pré-científica ou Filosófica, estudando a idade antiga (período antropocêntrico)   e a idade média  (período teocêntricos) onde nos deparamos com reflexões sobre a origem do mundo/ universo, a alma, do que é feito o elixir humano, processos mentais e sociais e sujeitar todo o conhecimento na fé cristã.